Sunday, December 09, 2007

deus, realidade e a insignificância de cada um

a começar que digo deus para ilustrar melhor o que quero dizer...
é mais próximo da realidade de muitos.
a começar que não sou cristão... muito menos ateu... nem acredito em deus.

crença... essa é a questão central desta postagem.

no que v. crê?
pense...

o dicionário online do houaiss dá várias definições para o verbo crer, das quais as duas primeiras são :
1 tomar por verdadeiro, ter por certo, ter confiança em (alguém ou algo); acreditar
2 confiar em, aceitar como verdadeiras (palavras ou manifestações) de

acredito nessas duas acepções da palavra...

acredito que este monitor está na sua frente neste exato momento em que você lê estas letras.
as crenças são o que moldam nossa realidade.
a realidade é uma percepção subjetiva do mundo. mas a realidade parcial... ninguém percebe tudo. a isto digo que criamos filtros ao longo nossa vida, à nossa experiência vivida.
há pessoas que vêem espíritos, e até conversam, aprendem com eles... para tal pessoa aquilo é real... mas nem todos os vêem. há pessoas que vêem duendes, mas nem todas. há pessoas que acreditam em sacis, ets, bichos-papões, lobisomens. não duvido que estas pessoas tenham presenciado tais coisas, pois a realidade é subjetiva, tudo depende de como seu cérebro reage ao que v. vive. há pessoas que acreditam em deuses, Deus, Alá, e quaisquer outras entidades religiosas, e também não tiro o crédito delas. elas acreditam naquilo e são influenciadas por isso.
é o poder de( )mente. a capacidade de moldarmos o que é externo ao nosso corpo fazendo que a parte interna se comporte de maneiras diferentes.
reciprocamente, há pessoas que interagem em maior ou menor grau do interior para o exterior do corpo... modificando o meio e portanto a realidade. a estas pessoas chamamos de exotéricos, místicos, magos, bruxos, macumbeiros, hereges, etc. mas se são religiosas são tidos como santos, beatos, milagreiros e outros tantos nomes.
a forma como essas pessoas conseguem alterar a realidade é uma das facetas da fé.
a fé é o que move montanhas, e a própria vida. é a auto-estima. tenha fé em si mesmo, sempre... afinal é a única coisa que v. tem. ter segurança de si é ter fé em si...
as orações reforçam a fé... assim como quando lemos voz alta algo que queremos decorar, ou na vontade de chorar que dá quando verbalizamos algo muito triste.
as pessoas geralmente negam parcialmente essa questão individual transpondo-as em entidades externas, como deuses... daí as pessoas associam a fé e a crença a religiões.
mas não é necessário nada disto para tais coisas...
acredito no ciclo de krebs. acredito que a luz é uma partícula-onda. tenho fé que tudo vai dar certo. perder a fé é ser derrotista. nada errado em ser derrotista, mas não gosto, e gosto é que nem cu: pros outros é feio e fedido.

isto aqui, apesar de parecer, não é auto-ajuda.

agora um pouco de ciência.
há um experimento em que um objeto é colocado em frente ao observador, e seu cérebro é mapeado. determinadas áreas do cérebro são excitadas fazendo a pessoas experimentar a visão. o objeto é então retirado e é requisitado ao observador que ele imagine aquele objeto... o que acontece? as mesmas regiões cerebrais são estimuladas, isto significa que não interessa se uma pessoa imagina uma coisa ou de fato presencia... só depende de como seu cérebro interpreta.

crer é ter como real.

o cérebro é passível de manias e vícios. isto significa que quando somos criados, limitamos as infinitudes da verdadeira realidade, nos reduzindo ao que somos. esta é a insignificância subjetiva de cada ser. tudo que v. diz é verdade só que só é verdade pra v., do jeito que v. entendeu, do jeito que v. presenciou... talvez se juntarmos todas as realidades humanas, teremos o que é de fato real, pelo menos para a nossa espécie...

outras espécies usam outros filtros... possivelmente hajam filtros não cerebrais que daí possivelmente já dão percepções totalmente diferentes da percepção cerebral. imaginem como é a realidade de uma planta? ou de uma ameba? ou de uma pedra?

além disso é possível que nossa percepção não se dê apenas pelo cérebro. mas ainda não descobriram nada a respeito... pelo menos eu não estou sabendo de nada.

afinal, o que é real?

Wednesday, November 21, 2007

linguística animal

Sunday, November 11, 2007

deus, big-bang e outras mentriras (?)

ninguém sabe ao certo como se deu o nascimento do universo.

há diversas explicações que vão da religiosa à científica, passando por misticismos obscuros, mitologias extravagantes e outras "balelas" do tipo.
digo balela entre aspas pois nem eu, como cientista acredito na balela do big bang, então não posso nem desmerecer as outras idéias...
assim como todas religiões, dizem basicamente as mesmas coisas só que com símbolos, personagens e situações diferentes. e não teria como ser diferente fora da religião.
a ciência explica o início de tudo de uma forma um tanto quanto mítica.
algo como: no início não havia tempo e toda matéria do universo, estava concentrada num ponto de densidade infinita, e de repente esse ponto explodiu... a energia ali concentrada era tanta que começou a expandir, criando o tempo e o espaço.
talvez fosse muito mais plausível se disséssemos que um ser divino onipotente de um plano não-físico tivesse criado o universo. a partir disso ele criou o tempo, o espaço e foda-se o resto.

mas a ciência só não abrange mais adeptos por que a religião chegou muito antes.

pra mim idéias religiosas só têm sentido nas perspectivas antropológica e psico-biológica. eu particularmente não sou adepto a nenhuma religião...
isso pode parecer muito estranho, principalmente para brasileiros, cuja criação é fortemente religiosa (seja por influência dos pais, tv, n igrejas por aí espalhados):a primeira idéia de deus que tive na vida foi a inexistência dele... graças a meus pais não fui doutrinado a nenhuma religião ou concepções extra-terrenas. isto me deu uma grande "liberdade espiritual", pude trilhar meu próprio caminho. acho que terei uma idéia formada sobre o que esperar depois da morte somente após a própria morte.
...mas voltemos à ciência.

as regras básicas do intelecto humano (que servem pra religião, política, filosofia, etc) são aplicáveis à ciência, pois abrange várias idéias que se contrapõem e v. tem de escolher se aceita uma teoria ou outra, contestar se tiver argumentos, etc.

seguindo a lógica temos que a ciência se limita ao mundo físico, enquanto a vida abrange muito mais coisas como a metafísica. a linha que separa os dois mundos é muito tênua, havendo diversas sobreposições. a ciência pode descobrir as mínimas nuances da vida que antes eram consideradas como não-ciência. [a biologia é a ciência da vida (então seria a física da metafísica?)]
a origem da vida é um exemplo.
porém a origem da vida nunca foi e por enquanto não tem como ser provada, porque se tivesse como, já teriam feito. ainda não tiveram a sacada genial necessária pra provar tal coisa.

mas e o experimento de miller? o experimento de miller é uma grande farsa, ele só provou como um monte de aminoácidos podem se formar, o que não representa a origem da vida.
várias outras coisas são ensinadas erroneamente na escola, assim como a idéia de lamarckismo*, definição de espécie**, etc.
e ainda tem gente que é contra o ensinamento de criacionismo na escola. se ensinam tanta coisa que a ciência não diz, qual o problema de ensinar o criacionismo como se fosse ciência? o resultado é o mesmo: as pessoas saem aprendendo tudo errado.

é claro deve-se contestar o conteúdo da ciência, mas é mais importante fazer a pessoa pensar em ciência. há muitos acadêmicos que são tão cegos que nem percebem que as vezes os dados que eles obtêm são interpretações erradas ou precipitações dos mesmos.
a ciência não é exata, exceto a matemática.
a ciência é feita por homens (o que torna o sistema vulnerável a falhas), e assim como com a bíblia, há os fundamentalistas e os mais céticos e toda gama entre esses dois extremos, no qual se inclui os mais sensatos.





* lamarckismo. lamarck foi um botânico, e cometeu um grande erro ao ilustrar seu exemplo com animais. em plantas o lamarckismo funciona que é uma beleza. mas ao ilustrar com animais teve sua idéia banalizada décadas depois. poucos sabem que sua teoria era o que fundamentava as idéias naturalistas da época, e que em muito se baseou o próprio darwin, que demorou muito mais que o wallace pra perceber as mesmas coisas.
o erro na ilustração da idéia lamarckista é comparável ao da teoria do caos, o qual é ilustrado com uma borboleta batendo asas na ásia que cria tufões na américa central. isto é apenas ilustrativo, não que de fato ocorra.

**espécie. este termo apresenta diversas definições, mas na escola aprende-se apenas que se dois indivísduos intercruzam e se reproduzem dando origem a um indivíduo fértil, então eles são da mesma espécie. como muitas definições isto não se aplica a sistemas assexuados e não-animais. mas basta pensar em uma coisa. imagine dois indivíduos de uma espécie do mesmo sexo, eles podem se intercruzar mas não produzem descendentes, muito menos fértil.

Tuesday, September 25, 2007

humano, demasiado humano.

antes de mais nada, a ciência é uma ferramenta. e a ciência existe pela ciência e para a ciência. a ciência é uma forma de contestar a ciência. e a ciência é muito dinâmica. ou pelo menos deveria ser assim.
acredito que a ciência prove, pela própria ciência, coisas que não necessariamente terão alguma utilidade, digamos... social. muitas das coisas são por mero status, afinal conhecimento é poder. e no cenário mundial, o pouco que se sabe a mais v. já fica a frente de muitos.
a ciência não prova tudo... ou melhor, prova de tudo... inclusive o que não é. cabe a cada pessoa ser crítica o suficiente para distinguir o que cabe a ela. é como um jornal que v. lê todo dia... muitas vezes tem balela no meio de fatos, mas cabe a v., mero absorvedor de informações, distinguir o que é válido ou não, afinal é tudo opinião...

a ciência se prova pela ciência...
apesar de muitas vezes termos determinados conhecimentos, que são aceitos globalmente, não passam de informação informal, até que seja comprovada cientificamente.
por ex. apenas no mês passado foi apresentado algumas evidências formais de que o aquecimento global é em grande parte à ação humana. os dados foram apresentados no ipcc (intergovernmental panel on climate change), o painel intergovernamental de mudança climática.

o licopeno que há muito tempo se acreditava que atenuava canceres de próstata foi provada não ter efeito algum contra a carcinogênese... mas por outro lado o caroteno foi fortemente associado a uma forma agressiva de cancer de próstata... vivendo e aprendendo tudo errado.

outra coisa que foi provado recentemente é a linguagem corporal. o corpo fala. e isso muitas pessoas já sabem há muito tempo. mas quando se encontra os mecanismos por trás disto, fica mais interessante. como o corpo se expressa e como interpretamos.
foi provado que micromovimentos do olho nos permitem a visão, além de permitir ilusões de óptica (que se relaciona com olho e não ótica, que se refere ao ouvido), expressando coisas que são manifestações do inconsciente... que firmeza.

além disso tudo saiu recentemente um trabalho em que um gato pressentiu a morte de um homem... sei lá até onde vai essa brincadeira de ciência...

e se a ciência se prova pela ciência...
alguém já provou que a espécie humana pensa? não por meios indiretos, como a capacidade de responder problemas dificílimos - até pq eu naõ sou capaz disto -, ou da auto-consciência... mas de se provar por a + b que o homem pensa (afinal o conhecimento popular não serve como prova final em uma contestação científica). e se não sabemos que o homem pensa, como podemos afirmar que outros animais não pensam? a metacognição tá aí pra tentar nos dar uma idéia.

a ciência é imperfeita, assim como a religião... pois é feita por homens.
e homens são uns macacos pelados prepotentes que acham que sabem alguma coisa: acham que pensam.


pense, e exista.
o repolho não pensa, logo inexiste.

Thursday, May 10, 2007

hmmm carne....

a espécie humana pode ser admirada da perspectiva biológica por apresentar grande versatilidade. não é um animal grande ou pequeno, nem lento ou veloz.
em toda diversidade humana é possível percebermos vários biotipos...
há pessoas que nascem com capacidades físicas mais avantajadas, outros não precisam comer muito pra manterem o peso, uns têm capacidades de liderança, outros resistem a certas toxinas. e por aí vai... há habilidade pra tudo.
mas isso é até certo ponto óbvio, pois a diversidade existe justamente pra isso... é como o curinga que vai funcionar em qualquer ocasião. uma catástrofe pode ocorrer a qualquer momento... e neste momento sempre sobrará uma parcela da população para tentar perpetuar a espécie... ou se tornar outra....

no percurso da evolução há comportamentos tão importantes para o indivíduo ou para a sociedade que ela é incorporada aos genes... comportamentos genéticos que supram as necessidades do corpo e da mente... ou seja para que hajam indivíduos saudáveis.

na nossa evolução em particular, evoluímos comendo carne.
a carne é ingrediente essencial para nossa ontogenia... é claro que a plasticidade dos seres permite que vez ou outra que a necessidade do indivíduo supere informações genéticas através do aprendizado.
é claro que já devem haver pessoas que necessitem minimamente de carne... mas isso jamais poderia ser aplicado em nível mundial...
a carne por sua vez é, para a maioria das pessoas, essencial. essencial para a mielinização dos neurônios.
os neurônios necessitam da mielina para a propagação correta dos impulsos nervosos. ou seja para não ficarmos idiotas precisamos comer carne... e se for deficiente, dependendo da idade podem trazer sequelas horríveis. a demência provavelmente possa ser causada por uma desnutrição na fase de bebê...
muito pior que a demência, é a morte, e é possível que ocorra...

a morte é de um fato real ocorrido em 2004, pelo qual os pais foram condenados a pena de morte... a imbecilidade provavelmente já tomasse conta de suas mentes...
para maiores detalhes do ocorrido clique aqui

Friday, April 06, 2007

a-moral

a moralidade é um dos princípios em que se baseia uma sociedade humana. já superamos a natureza em tantos aspectos, como fazemos os processos de desertificação mais rápidos, ou a extinção em massa, ou um líquido que mata mais sede que água, ou superar cada vez mais a capacidade suporte do planeta.
deste último surge a superpopulação, não que seja uma população grande qualitativamente, mas quantitativamente. somos numerosos demais para qualquer ecossistema já imaginado.

por sermos sociais precisamos de integração entre as partes para que a sociedade como um todo funcione bem, criamos leis, policiamento, punimos aqueles que tentam acabar com a ordem social. tal punição é muito tosca perto de outras sociedades que existem. geralmente os indivíduos de uma sociedade matam ou expulsam o indivíduo problemático. nós, com toda essa (ir)racionalidade fazemos algo mais, digamos, 'humano'. tentamos reabilitar o indivíduo.

e acima de tudo criamos a moral. as outras espécies não a têm pois não precisam, não têm populações tão grande a tal ponto. e por isso somos 'superiores'? a moralidade se baseia no senso comum de benefícios-prejuízos que supõe-se que as pessoas tenham. mas ao fazer isso descartamos a diversidade. a diversidade existe em tudo, inclusive no bom senso.

muitas pessoas se esforçam para seguir as regras sociais, que no fundo servem de fato para que a sociedade funcione, com toda sua hipocrisia. é a civilidade, o respeito ao outro, inclusive no mau gosto deste.

e por causa da moral existe o suicídio.

Sunday, September 10, 2006

* Bandas e Ecossistemas *

Objetivo e métodos:
Para esta discussão, temos que considerar primeiro a experiência individual de cada músico.... desde de que ele iniciou-se no instrumento, seus primeiros acordes, músicas, influências ( " ...tudo que vc pensa hj, com certeza ja foi pensado antes..."). Com certeza, um musico qualquer, do mais inútil até o seu mais querido astro do rock, passou por poucas e boas (bottleneck). Mais de uma banda... Mais de um instrumento... Mais de uma professor...

Anexo I
Depois desta premissa, temos que:
Existem bandas que parecem simplesmente, unicas, incompareveis e assim por diante. Aquilo que quando vc escuta e fala "...Porque não pensei nisso antes????". Penso da seguinte forma... Pra eles era fácil, eles foram os primeiros a fazer isso... ou, Eles que inventaram.... e tudo fica mais óbvio depois. Mas com certeza eles copiaram de alguém. Não a musica pronta. Mas como cada um teve uma experiencia na vida musical e porque não, a tb não musical, cada um traz uma influência. Mas tudo isso só se torna unico e inventivo pq a função de cada um completa aquela banda.(" ")

Cheguei agora no ecossistema. Cada integrante da banda tem seu espaço(hábitat), sua função(nicho ecológico), seu desgaste(emigração), sua produção(Energia disponível) , seu residuo (Energia dissipada).
Se alguem ali anda mal, todo o resto despenca. Se alguem ali não cumprir sua função como deve, podemos assim comparar como uma célula (um pequeno exemplo de ecossistema), uma célula de câncer, alguma coisa ai fudeu!

será que podemos colocar um pouquinho de evolução (num sentido meio tosco, ou meio errado de conceitos), Cada musico deve passar por uma certa experiência de vida pra que chegue ao ponto da banda (fenótipo "chosen one"), evoluído o suficiente e ali vai continuar sua jornada.
um peça fundamental de um ecossistema, com certeza evoluiu pra chegar onde esta e a partir dai vai continuar evoluindo, mas agora de acordo com o ecossistema. e o resto... extingue.