Monday, July 17, 2006

evoluir é mudar

não necessariamente ao progresso, a melhora ou coisa do tipo.

o homem evoluiu a partir do macaco, ele trabalha pra ganhar dinheiro, dorme, acorda, foge do ladrão, se estressa, fica com umas 517 de preocupações ao mesmo tempo, e se possível descansa aos fins-de-semana, vai se divertir, etc.

o macaco, grupo de animais do qual o homem evoluiu e que cladísticamente ainda o é, come, dorme, anda pelos galhos e o macho dominante se preocupa em manter a ordem social entre os integrantes de seu bando, que chega no máximo a poucas dezenas.

(danilo) O homem, que na verdade não deixa de ser um macaco, pensa que não é e sempre fica pensando que deve ser isso, deve ser aquilo, como por exemplo ser feliz, rico, elegante, e tudo sempre em função do que os outros "macacos" vão pensar (achar) dele, mas esse, neste sentido, também pensam que devem ser....
Macacos, em seus pequenos bandos, cuidados por um macho (alfa) apenas se contentam em SER... macacos.
O termo evoluir, significa mudança e no sentido biológico da coisa, sem sentido ou direção como se inicia esse tópico. Ja que o homem não fica satisfeito com o simples ser de SER HUMANO, então ele muitas vezes pensa que evoluir é melhorar e derivar-se e assim.... SER superior. E por isso temos todos esses bandos de inúteis que acham que o universo foi criado para ele e que o homem chega até não ser animal... como uma vez na história cometeram o grande erro de separar animais racionais e irracionais, com o homem sendo o ÚNICO racional!

cotas raciais em universidades públicas

só uma frase: nenhum biólogo sabe definir com precisão o que é uma espécie, muito menos uma subespécie (ou raça ou variedade), que é taxonomicamente mais restrito.

(digo isso porque li na veja - que grande merda, vocês pensarão - um absurdo - o que é uma redundância tratando-se de veja -: que está biologicamente comprovado que existe apenas uma raça em nossa espécie: a raça humana... caí na risada quando li aquilo... criaram um 'conceito biológico' meramente moralista... até que ponto vão deturpar a biologia?!?!?!)

post scriptum: este post é apenas uma constatação de uma obviedade... sendo totalmente apartidário na questão descrita...

entre X e Y

como já dito antes, a diversidade é ótima mas podem trazer malefícios...
a necessidade da diversidade para a vida é óbvia (pelo menos para quem entende conceitos evolutivos) - [pois é necessário que diferentes seres vivos, com diferentes capacidades, formas e tudo mais, exista pois não se sabe como reagem ao ambiente, podendo ocorrer fatalidades, e isto já está computado na contabilidade da vida e morte. sendo assim sempre sobra alguma coisa, que dará continuidade à vida.] - mas dentre as dores de cabeça que nos traz ao qual quero me referir é a diferença entre o macho e a fêmea... ou melhor: entre homens e mulheres.

provavelmente nunca se chegará a algum consenso na compreensão de um em relação ao outro, pois a tendência da vida é excluir o que é diferente (o que parece ser um paradoxo quando já disse que a diversidade tende ao infinito virtualmente. mas está tudo certo pois antes de mais nada precisamos passar nossos genes adiante, e se um ser é um sucesso biológico ele vai querer continuar sendo, e portanto terá uma prole o mais parecido possível com ele, naquele ambiente.), o que explica dentre tantas coisas o preconceito...

a diferença que se tem entre um homem e uma mulher é de 1 cromossomo!!!! pode parecer pouco, mas é muita coisa. por exemplo... com um cromossomo a mais (o 23) uma pessoa tem síndrome de down... só pra se ter uma leve idéia do poder de um cromossomo.

não que seja um malefício tudo isso... é tudo além do bem e do mal (apesar de não ser nietzche)... é apenas evolução: sem razão de ser, sem ter por quê nem pra quê.

ou seja, não adianta ficar gastando saliva com discussões sobre tais diferenças pois está no nosso querido genoma.

comportamentos humanos geneticamente programados

em todas as espécies existentes há comportamentos determinados geneticamente, sejam simples ou complexos, do inseto à ave, do paramécio ao cachorro, passando obviamente pelos humanos...

o tópico tem por fim descrever os comportamentos humanos geneticamente determinados conhecidos... (provavelmente a maioria estará presente nos comentários)

pra começar estava lendo The Foundations of Ethology (LORENZ, 1981) e o cara vai citando algumas coisas dentre elas a moonografia de ninguém menos que Charles Darwin: The expression of emotion in man and animals de 1872, no qual o 'pai' da evolução aponta a homologia entre alguns padrões motores humanos e animais...
mas isso era apenas em teoria... eis que em 1973 Irenäus Eibl-Eibesfeldt conseguiu a prova de que isto realmente ocorre.
"por razões óbvias, os experimentos envolvendo isolamento social, que são geralmente usados para provar que um padrão motor ocorre independentemente do aprendizado, não podem ser usados em humanos. assim, Eibl dedicou-se a estudar os desafortunados nos quais uma doença já jhavia iniciado este tipo de experimendo de uma maneira tanto cruel quanto eficiente: ele estudou crianças nascidas surdas e cegas. ele pôde demonstrar, por meio da análise de filmes, que essas crianças possuíam um repertório praticamente inalterado de expressões faciais, ainda que vivendo em premanente e absoluto silêncio e escuridão, não as tivessem nunca visto ou ouvido sendo expressas por qualquer outro humano.
numa segunda rota de abordagem, Eibl-Eibesfeldt (1967-1968) usou um método transcultural para estudar a expressão das emoções em humanos. ele observou e filmou representantes de tantas culturas quanto pôde, em situações padronizadas como saudações ou despedidas, disputas, sentindo tristeza ou prazer, cortjando e assim por diante. os padrões essenciais para expressar emoções provaram ser idênticos em todas as culturas que lhe foi possível estudas, mesmo quando os padrões eram submetidos à análise minusciosa usando filmes em câmera lenta. o que variava era somente o controle exercido pela tradição: afetava uma diferenciação puramente quantitativa da expressão.
O mais importante resultado da extensa e paciente pesquisa de Eibl-Eibesfeldt pode ser descrito em uma única frase. os padrões motores expressados de maneira intacta por crianças cegas e surdas são idênticos àqueles que, por meio de invetigação transcultural, mostratam-se inacessíveis à mudança cultural."

somos como qualquer outra espécie: há coisas que nos caracteriza como espécie, o resto é meramente região hipervariável do cromossomo.